Os senadores democratas dos Estados Unidos Elizabeth Warren e Jeff Merkley solicitaram formalmente uma investigação sobre um acordo entre a exchange de criptomoedas Binance, a empresa World Liberty Financial (WLF), ligada à família Trump, e a firma de investimentos MGX, apoiada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos.
A WLF lançou a stablecoin USD1, que está sendo utilizada pela MGX para investir US$ 2 bilhões na Binance. O cofundador da empresa ligada a Trump, Zach Witkoff, anunciou o investimento durante a conferência Token2049 em Dubai.
Os senadores Warren e Merkley acreditam que o acordo possa representar um conflito de interesses e potencialmente violar a Constituição dos EUA, especificamente a Cláusula de Emolumentos, que proíbe o recebimento de presentes ou benefícios de governos estrangeiros sem a aprovação do Congresso. Assim, eles solicitaram esclarecimentos ao Escritório de Ética Governamental sobre o envolvimento do republicano no negócio.
Além disso, o senador Richard Blumenthal iniciou uma investigação sobre as atividades de criptomoedas da família do presidente dos Estados Unidos. A preocupação é que esses negócios possam permitir que interesses estrangeiros influenciem políticas governamentais ou obtenham acesso indevido a figuras políticas de alto escalão.
O acordo também impacta os esforços legislativos relacionados à regulamentação de criptomoedas nos EUA. Após o anúncio do investimento da MGX na Binance utilizando a stablecoin USD1, quatro senadores democratas retiraram seu apoio ao projeto de lei Genius, que visa regulamentar ativos estáveis. Eles apontaram que o projeto de lei poderia beneficiar indevidamente interesses privados ligados a Trump.
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