Durante muito tempo, as altcoins viveram momentos de glória movidas por narrativas e expectativas, mas este cenário pode estar mudando de forma definitiva.
De acordo com David Zimmerman, analista da K33, o ciclo de 2020/2021 pode ter sido o ápice desse movimento especulativo. Em relatório, ele aponta que, sem a entrada de novos investidores de varejo, fica cada vez mais difícil justificar valorizações de tokens que não têm receita, produto ou um roteiro concreto de desenvolvimento.
Enquanto as altcoins perdem espaço, as memecoins ganham protagonismo
Segundo dados compartilhados no Milk Road, as memecoins representaram 25% do volume total do mercado cripto no auge do primeiro trimestre. A diferença está na proposta: por que apostar em tokens baseados em narrativas, quando é possível surfar a onda das memecoins com apelo viral e maior engajamento?
Bilhões entrando no mercado
Para as altcoins, o futuro exige seletividade. Com US$ 4,3 bilhões em desbloqueios previstos para maio, US$ 2,8 bilhões em junho e mais US$ 3,2 bilhões em julho, o mercado precisará de um influxo forte de liquidez para evitar pressão vendedora. E, sem uma nova onda de demanda ou entrada de capital, o cenário tende à desvalorização.
Maturidade da indústria
Antes, estar próximo de uma narrativa quente já bastava para impulsionar um projeto. Agora, os investidores começam a exigir fundamentos: produto, crescimento de usuários e receita.
Zimmerman destaca que o bitcoin seguirá dominando, mas ainda haverá espaço para posições menores em altcoins bem fundamentadas. As oportunidades existirão, mas serão mais raras e passageiras.
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