A Solana (SOL) saiu de US$ 188 para US$ 164 nos últimos sete dias, acumulando uma queda de 13% no período. O movimento segue o mercado cripto geral. O próprio bitcoin (BTC) cedeu 3% no mesmo intervalo, arrastando o restante das altcoins.
Além da pressão macro, um fator pontual pode ter contribuído para a queda da SOL. Dados da Lookonchain apontam que uma baleia movimentou 108.016 SOL — equivalentes a US$ 17,74 milhões — para as exchanges OKX e Binance. Esses depósitos costumam ser interpretados como prenúncio de venda.
📉 Solana quebra suporte e toca zona crítica no gráfico diário
A análise técnica mostra que a Solana rompeu para baixo a região dos US$ 175, que funcionava como suporte local desde meados de julho.
No gráfico diário, o preço se aproximou de uma zona importante em torno de US$ 160, que segurou a cotação em ciclos anteriores e volta agora como ponto de defesa.
O candle de 1º de agosto fechou em US$ 162,88, com queda de 5,54%, sinalizando perda de fôlego após o topo perto de US$ 205. O movimento veio acompanhado de volume elevado, o que reforça a pressão vendedora na região.
🔍 RSI e MACD apontam para fraqueza no curto prazo
O indicador RSI (índice de força relativa) semanal está em 50,35, mostrando uma zona de neutralidade — sem sobrecompra nem sobrevenda — mas apontando possível reversão se romper para baixo da linha dos 50 pontos.
Já o MACD semanal, que vinha em trajetória de cruzamento positivo nas últimas semanas, mostra enfraquecimento. A linha azul (média curta) ainda está acima da laranja (média longa), mas o histograma mostra perda de impulso, o que acende sinal de atenção para continuidade da tendência de baixa.
Caso o suporte dos US$ 160 seja perdido com força, o próximo nível de atenção está na faixa de US$ 140–145, onde a Solana acumulou antes do último rali.
📊 Derivativos da Solana mostram queda no apetite por risco
A movimentação nos mercados futuros ajuda a entender parte da pressão sobre a SOL.
O open interest total recuou 8,26%, para US$ 9,18 bilhões, mostrando que contratos foram encerrados ao longo da semana — um indício de menor exposição dos traders.
O volume nos derivativos também caiu: -17,02%, com destaque para a MEXC, que lidera com US$ 8,8 bilhões, seguida por Binance e Bybit.
🧾 Funding negativo e liquidações sugerem virada no sentimento
O gráfico do funding rate ponderado mostra uma virada clara a partir de 30 de julho.
Antes disso, o financiamento médio era positivo — ou seja, os comprados (longs) estavam pagando para manter suas posições. Mas nos últimos dias, a taxa se inverteu e passou a operar no negativo, sinal de dominância vendedora e maior pressão nos preços.
O impacto disso aparece nas liquidações.
Em 24 horas, foram US$ 35,31 milhões em posições encerradas à força, sendo US$ 30,34 milhões em longs e US$ 4,97 milhões em shorts.
O desequilíbrio no ratio long/short também chama atenção:
- Na Binance, o índice de contas está em 3,32 (predominância de longs),
- Mas o mercado forçou saídas, o que sugere que traders estavam na direção errada.
⚖️ Spot vs. Derivativos: quem puxou a queda da SOL?
O recuo de quase 13 % da Solana nos últimos sete dias não veio apenas de vendas spot. Dados da Coinglass mostram que a pressão mais intensa veio do mercado de derivativos.
Enquanto o volume spot caiu de forma controlada, os derivativos registraram:
- Redução de 17% no volume total
- Queda de 8,26% no open interest
- Funding rate que virou negativo no final de julho
Essa virada no funding mostra que os vendedores passaram a dominar, e os compradores começaram a pagar para manter posições — sinal de inversão no sentimento do mercado.
Entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, os gráficos mostram um pico de liquidações de posições longs, ultrapassando US$ 30 milhões em contratos encerrados à força.
A sequência de saídas forçadas acentuou a correção técnica e pode ter sido o gatilho para a quebra do suporte de US$ 175.
📍 Próximos suportes e resistências no radar da SOL
Com a perda da região de US$ 175, a Solana entra em uma zona de correção que pode se estender até os US$ 160, onde o preço atual busca sustentação. Esse patamar já foi testado anteriormente como suporte e resistência, e agora volta a ser referência.
Se o mercado continuar pressionado, o próximo suporte relevante está em torno dos US$ 145, onde houve acumulação em junho. Uma perda limpa desse nível pode abrir espaço para quedas até a faixa dos US$ 128–130, último fundo antes do rali de julho.
📈 Possível reversão? Veja os pontos a observar
Apesar do momento de correção, ainda há espaço técnico para recuperação, principalmente se o suporte dos US$ 160 segurar com aumento de volume.
- A primeira resistência imediata está na antiga zona de suporte em US$ 175.
- Acima disso, o próximo teste relevante está em US$ 188–190, faixa de congestão rompida no início da queda.
- Um fechamento diário ou semanal acima de US$ 190 pode retomar a estrutura de alta de curto prazo, com alvo em US$ 205.
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