The World é um arquipélago artificial formado por 300 ilhas de areia dispostas para representar um mapa-múndi quando vistas do alto.
Localizado a 4 km da costa de Dubai, o projeto foi lançado pela Nakheel Properties, a mesma desenvolvedora responsável pelas famosas ilhas Palm Jumeirah.
A ideia era vender as ilhas individualmente para investidores privados, oferecendo a cada comprador a possibilidade de transformar sua “ilha particular” em resorts, residências de luxo ou qualquer outro tipo de empreendimento, de acordo com seus interesses e recursos.
Cada ilha tem entre 1,4 e 4,2 hectares e é separada das demais por canais de 50 a 100 metros. Um gigantesco quebra-mar protege o conjunto das ondas do Golfo Pérsico.
Como surgiu e quem investiu
O projeto foi anunciado em 2003 pelo xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum como um dos empreendimentos mais ousados do mundo. Durante os primeiros anos, The World atraiu um grande número de investidores internacionais e locais. Para você ter uma ideia, até 2008, 60% das ilhas haviam sido comercializadas.
Empresários, celebridades e fundos de investimento apostaram alto no sonho de possuir uma “nação particular” sobre o mar. No entanto, a crise financeira global de 2008 afetou o mercado imobiliário de Dubai, e a construção do arquipélago foi praticamente paralisada.
O abandono e as críticas
Com a retração econômica, muitos projetos foram engavetados e diversos compradores desistiram dos investimentos. Problemas como a erosão das ilhas, o assoreamento dos canais e rumores de que algumas estruturas estavam afundando afetaram ainda mais a imagem do empreendimento.
Entre 2009 e 2015, poucas ilhas apresentaram qualquer desenvolvimento real, e The World passou a ser visto como um símbolo do excesso e do fracasso da bolha imobiliária.
O renascimento do arquipélago
Nos últimos anos, iniciativas estão sendo feitas para o ressurgimento de The World, lideradas pelo projeto The Heart of Europe, desenvolvido pelo Kleindienst Group.
Com um investimento estimado em US$ 5 bilhões, o empreendimento ocupa seis ilhas e replica culturas e paisagens dos países europeus Alemanha, Suécia, Suíça e França.
Entre as atrações estão:
- Hotéis temáticos como o Côte d’Azur Monaco e o Nice Hotel;
- Vilas flutuantes com quartos subaquáticos;
- Ruas com chuva artificial;
- Infraestrutura sustentável e ecossistemas de corais protegidos pelo Coral Institute.
Em 2025, uma nova parceria com a George V Eatertainment trouxe ao projeto as marcas Buddha-Bar Hotel e Buddha-Bar Beach. Ambas pertencem a uma cadeia internacional de hospitalidade de luxo, conhecida por combinar gastronomia, música e design em experiências sofisticadas.
Elas são derivadas do restaurante Buddha-Bar, fundado em Paris, que se tornou sinônimo de ambientes exóticos com influência asiática, trilhas sonoras exclusivas e alta gastronomia.
O Buddha-Bar Hotel oferece hospedagem de luxo com ambientação inspirada na Ásia, serviços personalizados e atmosfera sensorial.
Já o Buddha-Bar Beach é uma extensão do conceito, voltada para experiências em resorts à beira-mar, com foco em entretenimento, coquetelaria refinada e cozinha internacional.
Além disso, a integração com a empresa de telecomunicações e& UAE viabilizará soluções de conectividade de alta velocidade, operações com drones, realidade aumentada e sistemas de energia inteligentes.
Em maio de 2025, o projeto ganhou novo fôlego com o lançamento da Amali Island, iniciativa liderada pelos irmãos Ali e Amira Sajwani. Com foco em ultra luxo, a proposta prevê a construção de 24 mansões privativas. Dessas, 19 já estavam vendidas no momento do lançamento, com preços a partir de US$ 13,6 milhões.
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