Nesta sexta-feira (27), os principais índices de ações dos Estados Unidos renovaram suas máximas de curto prazo.
O S&P 500 ultrapassou os 6.175 pontos, enquanto o Nasdaq bateu 20.217, superando o topo de dezembro. A reação positiva veio após dados econômicos mais brandos e a expectativa de cortes de juros.
Esse movimento reacende um debate conhecido no mercado cripto: o bitcoin (BTC) costuma andar junto com ativos de risco — e, entre eles, a Nasdaq é o mais relevante.
Sempre que o índice tecnológico avança, o BTC tende a acompanhar. Mas será que essa correlação se mantém forte? E mais: com o BTC flertando com os US$ 106 mil, há espaço técnico para buscar os US$ 112 mil nos próximos dias?
Vamos à análise.
📈 BTC está em região crítica entre resistência e consolidação
Analisando o gráfico diário BTC/USDT, o preço voltou a se aproximar da resistência técnica dos US$ 108 mil, região onde falhou em três tentativas anteriores. O topo histórico está um pouco acima: US$ 112 mil.
A boa notícia é que o BTC respeitou o suporte de curto prazo em US$ 102 mil, zona onde compradores mostraram força. Desde então, vem lateralizando com leve inclinação de alta, formando uma estrutura de compressão entre US$ 102 mil e US$ 108 mil — típica de momentos que antecedem grandes movimentos.
Se romper os US$ 108 mil com volume, o caminho até os US$ 112 mil fica mais livre. Caso contrário, uma nova rejeição pode levar o BTC a testar novamente o suporte de US$ 100 mil.
📉 Open interest recua: menos alavancagem, movimento mais saudável
No gráfico de open interest (interesse aberto em futuros), vemos uma queda nas últimas 24 horas, mostrando que o mercado está menos exposto a posições alavancadas.
Esse dado é importante porque mostra que, se o preço subir nos próximos dias, o fará de forma mais sustentável — e não por movimentos forçados causados por liquidações. Menos especulação pode significar mais força real no próximo rompimento.
👑 Dominância do Bitcoin atinge novo pico
Outro dado que reforça a atenção no BTC é a dominância de mercado, que chegou a 65%. Isso quer dizer que, enquanto as altcoins estão enfraquecendo, o capital permanece concentrado na criptomoeda primária.
Esse comportamento geralmente antecipa movimentos fortes no BTC, já que os grandes players do mercado tendem a priorizar segurança e liquidez em fases decisivas como esta.
📊 Correlação com Nasdaq permanece alta — e favorece o BTC
Comparando os gráficos, a correlação entre BTC e Nasdaq se mantém. O índice tecnológico rompeu resistências com força, e a cripto costuma seguir esse movimento com pequeno atraso.
O gráfico trimestral mostra que o bitcoin valorizou mais de 2.300% desde 2018, contra pouco mais de 250% da Nasdaq, mas o comportamento de ambos em 2024 e 2025 segue similar — apontando que há espaço para o BTC “correr atrás” nos próximos dias.
🔍 E agora? O BTC vai romper os US$ 112 mil?
📅 Curto prazo: próximos 7 dias
A estrutura técnica favorece uma tentativa de rompimento caso o preço ultrapasse os US$ 108 mil com força e volume. A ausência de alavancagem excessiva e o domínio do BTC sobre as altcoins são pontos a favor.
Mas há um obstáculo claro: o histórico de rejeições nessa faixa. Se os compradores não mostrarem força até o início da próxima semana, o BTC pode recuar novamente para a zona dos US$ 100 mil.
📌 Conclusão:
Sim, há chance real de vermos o bitcoin buscar os US$ 112 mil nos próximos 7 dias, desde que o rompimento técnico se confirme com volume. Caso contrário, o BTC seguirá consolidando. A correlação com os índices de ações segue alta, mas o BTC precisa “fazer sua parte” no gráfico para acompanhar o rali das bolsas. E claro, o fator Donald Trump não está sendo analisado aqui.
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