A análise do especialista Willy Woo aponta que a empresa liderada por Michael Saylor, Strategy, não deverá vender parte de sua reserva de bitcoin (BTC) mesmo que o mercado entre em forte queda. A projeção considera o desempenho necessário das ações da empresa para evitar a conversão de dívidas em ações ou liquidação em caixa.

A tabela divulgada por Woo mostra que a Strategy tem compromissos financeiros relevantes até 2029, sendo a maior parcela em junho de 2028, no valor de US$ 3 bilhões.
Para não precisar vender seus bitcoins, a ação da empresa deve estar acima de US$ 672,40, o que exigiria um preço de BTC em torno de US$ 335.859, com base no valor patrimonial por ação (mNAV) em 1.
O primeiro vencimento ocorre em setembro de 2027, com US$ 1,01 bilhão. Para evitar a venda de bitcoins nessa data, as ações da empresa precisariam estar acima de US$ 183,19, o que corresponderia a um preço de BTC próximo de US$ 91.502.
Segundo Woo, a situação está sob controle, já que a Strategy pode optar por pagar com ações, caixa ou ambos, evitando vendas forçadas de BTC.
📊 Estoque atual e risco de liquidação parcial
A Strategy detém mais de 641 mil bitcoins, avaliados em US$ 64 bilhões, de acordo com dados do Saylor Tracker. Esse volume proporciona uma margem de segurança confortável para rolagem ou quitação da dívida, mesmo em um mercado volátil.
Woo aponta que apenas uma performance muito fraca do BTC até o próximo ciclo poderia levar a uma liquidação parcial. Caso o bitcoin não valorize o bastante até 2028 para sustentar os prazos de conversão da dívida, o risco passaria a existir.
As ações da MSTR fecharam a última terça-feira em baixa de quase 7%, cotadas a US$ 246,99. Já o preço do BTC está em US$ 101.377, com queda de quase 10% na semana, segundo o CoinMarketCap. Ainda assim, esses valores estão acima dos níveis de risco iminente.
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