Tecnologia de implante cerebral permite a usuário com ELA gerenciar Alexa apenas com a mente

Terra

Um homem de 64 anos, paralisado devido à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), conseguiu interagir com dispositivos inteligentes apenas com o poder da mente, utilizando um novo implante cerebral desenvolvido pela Synchron, empresa com sede em Nova York.

No vídeo divulgado no canal do YouTube da Synchron, o homem, identificado apenas como Mark, mostrou-se capaz de controlar dispositivos habilitados para Amazon Alexa apenas com o controle mental.

Em uma demonstração anterior, ele também interagiu com o headset Apple Vision Pro utilizando a interface cerebral da Synchron.

Atualmente, o dispositivo está disponível apenas para os participantes do estudo clínico da Synchron, conforme informado por um porta-voz da empresa à Decrypt.

O porta-voz mencionou que os dados do estudo serão divulgados ao público no final deste mês. Após isso, a empresa planeja realizar um estudo decisivo antes de submeter o dispositivo à aprovação da FDA. Ainda não há uma previsão exata para a disponibilidade do produto.

Tom Oxley, fundador e CEO da Synchron, destacou que, enquanto muitos sistemas de casas inteligentes dependem de comandos por voz ou toque, sua tecnologia envia sinais de controle diretamente do cérebro, eliminando a necessidade desses inputs.

Synchron vs Neuralink

Fundada em 2016, a Synchron se junta a um grupo de empresas de neurotecnologia que estão testando suas inovações em humanos. Entre os destaques estão a Blackrock Neurotech, Prophetic, os Institutos Feinstein da Northwell Health e a Neuralink de Elon Musk.

Em janeiro, a Neuralink implantou seu dispositivo no cérebro de Noland Arbaugh, homem do Arizona que perdeu o uso dos membros após um acidente. Uma segunda pessoa recebeu o chip da sociedade comercial neurotecnológica em agosto.

No entanto, em maio, preocupações sobre a utilização de cirurgia cerebral pela empresa levaram o Dr. Benjamin Rapoport, neurocientista cofundador da Neuralink, a deixar a sociedade.

De acordo com Rapoport, os eletrodos usados podem causar algum dano cerebral durante a inserção.

Mas, diferente da Neuralink, que requer cirurgia cerebral para implantar seu dispositivo, a Synchron oferece uma abordagem menos invasiva. O Stentrode é inserido através da veia jugular e posicionado em um vaso sanguíneo sobre o córtex motor do cérebro. Uma vez implantado, o dispositivo detecta e transmite wireless as intenções motoras do órgão.

Os sinais do Stentrode são enviados para um dispositivo receptor implantado que o usuário usa. Esses sinais são então processados e transmitidos ao aparelho que o usuário deseja controlar.

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