Telegram busca levantar US$ 1,5 bilhão com apoio da BlackRock

Telegram busca levantar US$ 1,5 bilhão com apoio da BlackRock
Imagem destaque: ChatGPT

A plataforma de mensagens criptografadas Telegram planeja levantar ao menos US$ 1,5 bilhão por meio da emissão de bonds nesta semana, segundo matéria exclusiva do Wall Street Journal. A emissão, com prazo de cinco anos e rendimento de 9%, tem o intuito de atrair investidores institucionais, como BlackRock, Citadel e o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala.

O montante será utilizado, em parte, para recomprar dívidas emitidas em 2021 e que vencem em março de 2026. Atualmente, US$ 400 milhões desses bonds antigos já foram resgatados com reservas de caixa da empresa.

Rumo ao mercado de capitais

A emissão pode trazer uma alternativa de conversão dos títulos em ações, caso a empresa realize uma oferta pública inicial (IPO). No entanto, o movimento pode ser improvável a curto prazo, dada a sensibilidade atual do mercado financeiro global, com juros elevados e alta seletividade dos investidores institucionais, além das investigações em curso contra Pavel Durov, CEO e fundador da empresa.

Durov está sob investigação na França por suposta falta de colaboração com autoridades em casos de distribuição de conteúdo ilegal na plataforma, como casos de pornografia infantil. Em resposta, ele afirma que o Telegram “cumpriu todas as solicitações legais vinculativas” e alega não entender o motivo das acusações.

Confiança do mercado

Apesar das investigações, o mercado financeiro demonstra confiança na capacidade de rentabilidade da plataforma. Em 2024, o Telegram teve receita de US$ 1,4 bilhão e lucro de US$ 540 milhões, revertendo o prejuízo de US$ 173 milhões de 2023. Agora, a empresa projeta lucro de mais de US$ 700 milhões em 2025, com faturamento estimado em US$ 2 bilhões.

Com base de usuários em expansão, o app alcançou 1 bilhão de utilizadores mensais em março. As assinaturas pagas também dobraram, ultrapassando 15 milhões.

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