Os acionistas da Tesla aprovaram um novo plano de remuneração que pode render a Elon Musk uma fatia ainda maior da empresa, avaliada em até US$ 1 trilhão em ações extras.
O anúncio foi feito durante uma reunião na sede da empresa, no Texas, com direito a robôs humanoides dançando no palco iluminado por tons de rosa e azul.
Mais de 75% dos votos foram favoráveis ao pacote, que vem sendo tratado como um voto de confiança no comando de Musk e em sua visão para o futuro da companhia.
Em discurso, o home mais rico do mundo disse que a Tesla está iniciando não apenas um novo capítulo, mas um novo livro.
📉 Voto dividido e pressão nas urnas
A proposta causou tensão entre grandes investidores. CalPERs, os fundos de aposentadoria da cidade de Nova York e o Norges Bank votaram contra. Já a Charles Schwab, que tem 0,6% da Tesla, apoiou o plano afirmando que ele alinha os interesses da gestão com os dos acionistas.
O pacote é dividido em 12 metas de desempenho. A primeira seria alcançada se o valor de mercado da Tesla saltar de US$ 1,5 trilhão para US$ 2 trilhões, junto com a entrega de 11,5 milhões de carros novos.
Patamares mais ousados exigem a venda de um milhão de robôs a clientes pagantes e lucro ajustado (Ebitda) de US$ 400 bilhões. Em 2024, o Ebitda foi de US$ 16 bilhões.
🚗 Robôs, IA e ameaças de saída
O novo plano foca no avanço de carros autônomos, robotáxis e robôs humanoides. A Tesla acredita que essas apostas podem transformar a empresa nos próximos anos.
O presidente do conselho, Robyn Denholm, afirmou que o bilionário é movido por desafios considerados impossíveis.
Musk chegou a ameaçar deixar a Tesla se o pacote fosse rejeitado. Ele já possui 15% da empresa e quer garantir influência suficiente para que seu “exército de robôs” não caia em mãos erradas. Ainda assim, diz que não deseja um controle tão grande a ponto de ser inquestionável.
🧑⚖️ Disputa jurídica e legado bilionário
O plano atual sucede o controverso pacote de 2018, que foi anulado por um juiz de Delaware sob alegação de que o processo de aprovação foi falho e pouco transparente. A decisão está sendo contestada na Suprema Corte do estado.
O novo pacote também poderá ser contestado, mas por ora garante a Musk a possibilidade de dobrar sua participação na Tesla para até 25%, se alcançar todas as metas. Cada meta liberada dará a ele 1% das ações, que só poderão ser vendidas após um período de carência de 7,5 ou 10 anos.
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