A Tesla fechou um contrato de US$ 16,5 bilhões com a Samsung para a fabricação de chips de nova geração voltados à inteligência artificial (IA). O anúncio foi compartilhado por Elon Musk na rede social X.
A produção será feita na nova fábrica da Samsung em Taylor, Texas, a poucos minutos da casa do bilionário. Musk afirmou que vai acompanhar pessoalmente a linha de produção para acelerar o ritmo do projeto.
🧩 Samsung busca recuperar terreno
O acordo é um respiro para a Samsung, que vinha enfrentando dificuldades para atrair grandes clientes para sua unidade de fundição. Analistas sul-coreanos apontam que a fábrica do Texas estava praticamente ociosa até agora.
Após o anúncio, as ações da companhia saltaram 6,8%, alcançando o maior patamar desde setembro de 2024. A movimentação animou o mercado, que vinha desconfiando da capacidade da Samsung de competir com as rivais TSMC e SK Hynix no segmento de chips voltados à IA.
⚙️ Tesla quer eficiência total
Segundo Musk, a Samsung deu liberdade para que a Tesla auxilie na eficiência do processo fabril. “Pouca gente entende a importância disso agora. Vai ficar claro nos próximos dois ou três anos”, escreveu ele.
A fabricante sul-coreana já produz os chips AI4, usados no sistema Full Self Driving da Tesla. Agora, será responsável pelos novos AI6, enquanto a TSMC fabricará os AI5 — inicialmente em Taiwan, depois no Arizona.
🏭 Empurrão extra para a fábrica texana
O projeto da Samsung no Texas enfrentou vários adiamentos. Em 2023, a empresa chegou a suspender a entrega de equipamentos da holandesa ASML por falta de pedidos firmados.
Em paralelo, a fábrica foi uma das beneficiadas pelo CHIPS Act, com o governo estadunidense prometendo US$ 4,75 bilhões em incentivos. A proposta é reforçar a produção local de semicondutores e reduzir a dependência de fornecedores asiáticos.
📉 Desempenho das ações da Tesla em 2025
As ações da Tesla caíram entre 18% e 21% no acumulado do ano até julho de 2025. Segundo a Reuters, o papel é o pior desempenho entre as gigantes do grupo “Magnificent Seven”. Uma fonte da IG International estima uma queda de até 30% desde dezembro de 2024, liderando entre as maiores correções do S&P 500.
Principais fatores:
- Queda de 12% na receita no 2º trimestre, com entregas de veículos recuando 13,5% ano a ano.
- Lucro operacional diminuiu 42%, impactando a confiança no curto prazo.
- Elon Musk alertou que a Tesla poderá enfrentar “alguns trimestres difíceis” até meados de 2026, citando tarifas dos EUA e fim de incentivos fiscais para EVs.
- Recessão das vendas na Europa, boicotes relacionados às posições políticas de Musk, e pressão da concorrência chinesa (como BYD) enfraqueceram a marca.
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