O mercado de criptomoedas sofreu uma forte queda após o aumento de tarifas nos Estados Unidos realizado pelo governo de Donald Trump.
O presidente norte-americano vinha acumulando criptomoedas nos últimos meses, através do projeto World Liberty Financial (WLFI), com aquisições ainda mais fortes em janeiro.
Com isso, o investidor de pseudônimo Jelle acusou o republicano de ser o “pior insider trader da história”.
Conforme observado por Jelle, a equipe de Trump comprou 3.079 ETH por US$ 10 milhões, aumentando posteriormente sua posição na criptomoeda.
Além disso, Trump investiu em bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, chegando a lançar sua própria memecoin, que agora perdeu mais da metade de seu preço.
Historicamente, operações de insider trading bem-sucedidas se baseiam no uso de informações privilegiadas ou decisões políticas estratégicas para antecipar movimentos do mercado. No entanto, desta vez, a imposição de tarifas não favoreceu os investimentos de Trump no meio cripto.
Após a guerra tarifária impulsionada pelo bilionário, o mercado de criptomoedas viu US$ 2,27 bilhões em liquidações, ultrapassando os níveis registrados durante o colapso provocado pela pandemia do COVID-19.

Segundo a Arkham Intelligence, o portfólio de criptomoedas de Trump agora está avaliado em US$ 2,95 milhões, após uma queda de 32,25%. Já a tesouraria do WLFI soma US$ 361,25 milhões, com uma desvalorização de 12,07%.
Sinal de recuperação?
O analista Michaël van de Poppe comparou essa queda ao crash da pandemia e apontou que quedas bruscas desse tipo frequentemente antecedem ciclos de valorização.
“Isso se parece muito com o crash do Cisne Negro da COVID-19, já que os mercados testemunharam uma queda de mais de 50% nas altcoins. Todos sabemos o que aconteceu depois e acho que a mesma tese se aplica aqui”.
Jelle compartilhou uma visão semelhante, apontando que correções severas fazem parte do movimento natural dos mercados em alta, funcionando como um teste para os investidores.
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