Trump ameaça cortar ajuda à Argentina se Milei perder eleição

Trump ameaça cortar ajuda à Argentina se Milei perder eleição
Imagem destaque: X/Milei

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou com Javier Milei nesta terça-feira (15) na Casa Branca e deixou claro que seu apoio financeiro à Argentina depende diretamente do desempenho do atual presidente, Javier Mieli, nas eleições legislativas de 26 de outubro. 

“Se ele vencer, continuaremos com ele. Se perder, estamos fora. Se um socialista ou comunista vencer, a sensação sobre investir muda completamente. Não seremos generosos com a Argentina”. 

Trump elogiou Milei, chamou-o de “MAGA total” e afirmou estar pronto para assinar um acordo de livre comércio com a Argentina. 

Antes disso, Washington anunciou um acordo de swap cambial,  linha de troca de moedas firmada entre os bancos centrais de dois países, de US$ 20 bilhões, criado para dar fôlego à economia argentina.

Na prática, isso significa que a Argentina poderá acessar dólares emprestados dos EUA para conter a alta do câmbio, pagar dívidas ou estabilizar o mercado. 

📉 Milei está caminhando para vencer as eleições? 

A legenda do politco, La Libertad Avanza, sofreu uma derrota nas eleições da província de Buenos Aires em 7 de setembro, onde vivem quase 40% dos eleitores do país. 

O peronismo, reunido na frente Fuerza Patria, obteve 47% dos votos, contra 33,8% da coalizão de Milei. 

O resultado contrariou as expectativas do governo e fortaleceu o governador Axel Kicillof, que saiu da disputa local como uma figura nacional em ascensão.

Milei reconheceu a derrota, mas afirmou que seguirá firme com sua agenda econômica. 

📉 Popularidade em queda e escândalo de corrupção

A desaprovação de Milei subiu pelo terceiro mês seguido e alcançou 53,7% em setembro, segundo pesquisa da AtlasIntel para a Bloomberg. 

Um dos principais fatores é o escândalo de corrupção ligado à sua irmã e braço-direito, Karina Milei. 

Gravações de áudio apontam que ela teria participação em esquemas de propina relacionados à compra de medicamentos para pessoas com deficiência. O presidente nega, mas o tema já superou inflação e desemprego como maior preocupação dos argentinos.

Mesmo assim, Milei continua sendo o político com maior aprovação no país, com 44% de imagem positiva, embora em queda em relação aos 50% registrados em maio. 

Já Kicillof aparece em segundo lugar, com 39%, à frente da ex-presidente Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar.

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