Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou oficialmente o perdão ao fundador do Silk Road, Ross Ulbricht.
Trump já havia prometido em maio de 2024 que, se fosse reeleito, concederia o perdão a Ulbricht logo no primeiro dia de seu mandato.
Cumprindo sua palavra, o republicano afirmou que ligou pessoalmente para a mãe de Ulbricht para informá-la sobre a assinatura de um perdão total e incondicional em homenagem a ela e ao movimento libertário, que lhe deu apoio durante a campanha eleitoral.
Entendendo a história
Ross Ulbricht ficou conhecido pelo pseudônimo “Dread Pirate Roberts” e foi preso em outubro de 2013 na biblioteca de Glen Park, em San Francisco.
Na época, ele era um estudante de doutorado de 30 anos que pesquisava células solares. Ulbricht foi acusado de ser o criador e operador do Silk Road, uma das maiores plataformas do mercado negro na darknet.
Bitcoin em atividades ilícitas
O Silk Road foi lançado em 2011, se tornando um marco no uso do Bitcoin (BTC), funcionando como um mercado anônimo onde os usuários podiam adquirir drogas e outros produtos sem expor suas identidades.
A plataforma foi pioneira na adoção da criptomoeda como principal meio de pagamento. No entanto, a associação do BTC ao Silk Road acabou reforçando sua reputação como ferramenta para atividades ilícitas.
Após a prisão de Ulbricht, surgiram alegações de irregularidades no caso. Os investigadores principais foram acusados de corrupção, e Dread Pirate Roberts afirmou que ele era apenas o criador da plataforma, não seu operador na época.
Apesar disso, Ulbricht foi condenado a uma sentença de prisão perpétua dupla, além de mais 40 anos, por crimes de tráfico de drogas, distribuição de entorpecentes pela internet e conspiração para lavagem de dinheiro.
A sentença de Ulbricht foi considerada desproporcional em comparação a casos similares, como o de Thomas White, responsável pelo Silk Road 2.0, que recebeu uma pena de pouco mais de cinco anos.
Sobre o caso, Trump criticou o sistema judicial, classificando a condenação de Ulbricht como “ridícula” e apontando que ela teria sido influenciada por agentes que, segundo ele, participaram de campanhas injustas contra sua própria administração.
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