Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se cruzaram por poucos segundos na entrada do plenário da ONU. O republicano, segundo a própria fala, ficou encantado com o brasileiro. Disse que Lula parecia um “cavalheiro”, elogiou a “química” entre eles e anunciou que marcaram uma conversa para a próxima semana.
Segundo Trump, o presidente do Brasil “gostou dele”. A cena foi descrita como um abraço amistoso entre líderes de espectros políticos opostos.
🗣️ Trump ataca ONU, imigrantes e elogia prisões em El Salvador
Em seu discurso, Trump partiu para o ataque. Disse que a ONU não cumpre seu papel e que ele próprio foi responsável por encerrar guerras, sem ajuda da entidade. Afirmou que a organização internacional se limita a escrever cartas com palavras fortes e nenhum resultado. Chegou a sugerir que mereceria o Prêmio Nobel da Paz.
A fala foi dominada por elogios à repressão norte-americana a imigrantes. Trump acusou a ONU de financiar a chegada de estrangeiros aos Estados Unidos, descrevendo o movimento como uma invasão.
Criticou as “fronteiras abertas” da Europa e pediu que outros países adotem medidas semelhantes às dos EUA. Também elogiou El Salvador pelas prisões em massa de imigrantes que, em sua visão, teriam ligações com o crime organizado. Disse que essa deveria ser a abordagem padrão no mundo.
Ao abordar o tema ambiental, Trump chamou a mudança climática de “o maior embuste do mundo”. Em sua fala, criticou duramente os esforços internacionais para redução de emissões de carbono e atacou países da União Europeia por priorizarem metas ecológicas que, segundo ele, prejudicam a economia. O republicano ainda alertou que apostar em energia renovável trará prejuízos para os países que insistirem nesse caminho.
Trump também aproveitou para exaltar a produção interna de combustíveis fósseis, dizendo que os Estados Unidos são a nação com as maiores reservas de petróleo, gás e carvão.
🌐 Lula rebate com defesa da democracia e críticas a sanções
Apesar do breve encontro com Trump, Lula foi o primeiro a discursar. Em fala, condenou o avanço da extrema direita global, exaltou a democracia brasileira e apontou as sanções unilaterais como ameaças à soberania. Embora não tenha citado Trump diretamente, ficou evidente a quem se referia ao falar em “chantagens econômicas” e “política do poder”.
Lula também lembrou a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. Disse que o Brasil deu um recado claro aos autocratas. Reafirmou que não haverá pacificação com impunidade. Segundo o político, o julgamento foi técnico, minucioso e garantiu a ampla defesa que as ditaduras negam aos seus réus.
O presidente brasileiro criticou ainda os vetos dos EUA que impedem a atuação da ONU em crises como Gaza e Ucrânia. Acusou os países ricos de serem cúmplices da tragédia humanitária ao se omitirem. Reforçou que a fome tem sido usada como arma de guerra e que o deslocamento forçado de civis ocorre com aval dos que poderiam impedir.
Lula encerrou cobrando ações concretas dos países ricos na próxima COP30, que será realizada na Amazônia. Disse que chegou a hora de transformar promessas em compromissos reais com o planeta.
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