Donald Trump divulgou nesta quarta-feira (2), em sua rede Truth Social, que fechou um acordo tarifário com o Vietnã após conversa direta com To Lam, secretário-geral do Partido Comunista vietnamita.
O pacto impõe uma tarifa de 20% sobre as exportações vietnamitas aos EUA — metade do que havia sido proposto em abril.
Produtos reexportados com transbordo terão tarifa de 40%, segundo o próprio Trump.
Em contrapartida, o republicano afirma que os Estados Unidos terão acesso total ao mercado vietnamita, sem tarifas para seus produtos.
🚙 SUVs americanos no mercado vietnamita?
No mesmo post, Trump fez menção direta a um dos seus produtos favoritos: o SUV. Segundo ele, o veículo “será uma excelente adição às linhas de produtos no Vietnã”, em uma tentativa simbólica de ilustrar os possíveis efeitos práticos do acordo para a indústria automobilística dos EUA.
Apesar do tom triunfalista, a versão do governo estadunidense parece menos entusiasmada. Segundo fontes ouvidas pelo site Politico, o acordo seria apenas um “marco flexível” para futuras negociações, ainda longe de algo definitivo.
⏳ Prazo termina dia 9 de julho
Esse novo tratado surge a poucos dias do fim do prazo de 90 dias estabelecido por Trump para renegociar tarifas com países que estavam na lista negra dos EUA.
O prazo vence em 9 de julho e, até agora, Washington só fechou acordos com o Reino Unido, China e, agora, Vietnã.
Em abril, Trump havia anunciado um pacote tarifário agressivo, com alíquotas de até 46%, que chamou de “recíprocas”. O Vietnã era um dos países mais afetados.
Com o acordo, o país asiático escapa temporariamente das sanções mais duras e sinaliza disposição em seguir negociando.
🐉 A sombra da China
Outro ponto do acordo foi o compromisso de frear o redirecionamento de produtos chineses via Vietnã para os EUA. Desde a primeira leva de sanções contra a China, o volume dessas reexportações disparou.
Ainda não se sabe como o governo vietnamita vai agir nesse sentido.
🗓️ Próximos capítulos
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que alguns acordos bilaterais podem ser empurrados até setembro, o que abre margem para novas reviravoltas. Segundo ele, “há países com boas propostas chegando”.
Trump, por sua vez, disse que pode encurtar ou estender os prazos conforme julgar necessário, mantendo o tom imprevisível que tem marcado sua política comercial.
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