Com uma dívida pública dos Estados Unidos que já ultrapassa os US$ 7 trilhões, o analista @bored2boar especula que Donald Trump pode estar planejando uma estratégia para influenciar a economia norte-americana, impactando juros, mercado de títulos e até mesmo as criptomoedas.
Imagem: X/@bored2boar
O governo dos Estados Unidos enfrenta um grande desafio: refinanciar um montante gigantesco da dívida nacional em meio a um cenário de juros elevados. O custo desse refinanciamento pode ser insustentável caso as taxas de juros continuem altas, tornando necessária uma manobra para forçar a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro.
Uma das formas de reduzir os custos da dívida pública é aumentar a demanda pelos títulos do governo, o que elevaria seus preços e, consequentemente, reduziria seus rendimentos. A forma mais eficaz de atingir esse objetivo? Criar um cenário de incerteza nos mercados de ações e criptomoedas, incentivando investidores a migrar para ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro americano.
“A estratégia de Trump para lidar com essa questão envolve encorajar uma queda no mercado de ações. Uma grande queda da bolsa de valores desencadeará movimentos do mercado financeiro, criando uma situação que beneficia o governo dos EUA no longo prazo”.
Impacto nos juros, no Federal Reserve e nas criptomoedas
Se os rendimentos dos títulos caírem, o Federal Reserve (Fed) pode se ver pressionado a reduzir as taxas de juros para estimular a economia. Conforme observado por @bored2boar, juros mais baixos facilitam o refinanciamento da dívida, impulsionam investimentos e podem, eventualmente, trazer um novo ciclo de alta para os mercados.
A possibilidade de uma queda forçada nas ações já está gerando preocupações, pois a retração no mercado tradicional poderia levar a um movimento de liquidez migrando para ativos alternativos, como criptomoedas. O histórico mostra que, em períodos de incerteza econômica, o mercado cripto muitas vezes se posiciona como uma alternativa para proteger capital.
@bored2boar acredita que, independentemente das estratégias políticas ou econômicas em curso, o cenário atual exige cautela. Enquanto o curto prazo pode ser marcado por volatilidade e correções, a dinâmica de longo prazo dos mercados financeiros dependerá das decisões sobre a dívida, da política monetária e do comportamento dos investidores diante desse ambiente de incertezas.
