O investidor italiano de criptomoedas Michael Valentino Teofrasto Carturan, de 28 anos, foi sequestrado e brutalmente torturado por três semanas em uma mansão em SoHo, bairro nobre de Manhattan, Nova York. O objetivo dos agressores era forçar Carturan a entregar a senha de sua carteira de Bitcoin (BTC).
Segundo a Associated Press, os principais suspeitos do crime são John Woeltz, 37 anos, conhecido como “Rei das Criptos de Kentucky”, e seu sócio William Duplessie, 33 anos.
Carturan teria sido mantido preso, drogado, espancado, eletrocutado e ameaçado de morte durante o cativeiro. Em um dos episódios, os sequestradores chegaram a apontar uma arma para sua cabeça e usar uma motosserra para ameaçá-lo.
A vítima conseguiu escapar da mansão ao simular que revelaria a senha, enquanto Woeltz se afastava para pegar o laptop. Aproveitando o momento, Carturan fugiu do apartamento e pediu ajuda a um agente de trânsito.
Com a fuga, a polícia descobriu que o imóvel estava repleto de drogas, equipamentos de tortura, colete à prova de balas, fotos polaroid com Carturan sob ameaça e até uma serra elétrica.
Imagem: dailymail
Woeltz foi preso imediatamente e está detido sem direito a fiança, pois as autoridades consideram que ele oferece risco de fuga, já que possui jato e helicóptero particulares.
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Duplessie, que estaria na Suíça, se entregou à polícia de Nova York acompanhado de seus advogados. A investigação aponta que Carturan era sócio dos dois em um empreendimento cripto.
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Outra envolvida no caso, Beatrice Folchi, 24 anos, assistente de Woeltz, também foi detida, mas sua acusação foi suspensa temporariamente até novas apurações.
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Com fortuna estimada em US$ 30 milhões, Carturan estaria desenvolvendo um projeto cripto junto com os agressores. O caso está sendo tratado como sequestro, tortura, posse ilegal de armas e tentativa de roubo digital.
Woeltz tinha uma audiência marcada para o dia 28 de maio de 2025. No entanto, ele optou por não comparecer pessoalmente e dispensou sua presença tanto nessa data quanto na audiência subsequente, agendada para quinta-feira, 29 de maio. A decisão do suspeito de não comparecer foi comunicada por seu advogado, que não forneceu detalhes adicionais sobre o caso.
O julgamento em si ainda não foi agendado, pois depende do andamento das etapas processuais iniciais.
Além da brutalidade do crime, outro ponto que chamou atenção das autoridades e da imprensa foi o cenário onde tudo ocorreu: um apartamento de altíssimo padrão no coração de SoHo, avaliado em US$ 17 milhões, que foi alugado por Woeltz que pagava algo entre US$ 75.000 e US$ 95.000 por mês, e decorado com requinte.
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