A Visa anunciou nesta semana a expansão oficial do uso de USDC em sua rede de liquidação global, agora com foco nos países da região CEMEA (Europa Central e Oriental, Oriente Médio e África).
🚀 Blockchain, stablecoin e liquidação em tempo real
A expansão faz parte da estrutura criada pela empresa em 2023, quando iniciou testes com liquidação via USDC, primeiro no Ethereum (ETH), depois também na Solana (SOL).
O sistema permite que emissores e adquirentes liquidem transações em tempo real, mesmo em fins de semana ou feriados, dispensando redes bancárias tradicionais. O processo já movimentou mais de US$ 225 milhões entre os participantes iniciais.
Segundo a própria Visa, isso reduz atritos em pagamentos internacionais e melhora a gestão de caixa de empresas em regiões que sofrem com instabilidade bancária.
🌍 Parceria estratégica com a Yellow Card
A expansão na África tem um nome: Yellow Card — fintech presente em 20 países do continente, especializada em pagamentos com as stablecoins USDC, USDT e cUSD.
A parceria tem o intuito de integrar as soluções da fintech com o Visa Direct, tecnologia que permite transferências diretas entre contas e cartões.
A Yellow Card atuará como fornecedora de infraestrutura para que empresas africanas movimentem fundos com rapidez, mesmo em regiões com baixa penetração bancária.
Com essa ponte, o USDC pode ser usado em pagamentos internacionais, gestão de tesouraria e liquidez — com liquidação contínua e previsibilidade de custo.
💸 Por que isso importa?
De acordo com dados da Chainalysis, a África já movimenta US$ 500 bilhões em stablecoins por mês, com destaque para remessas pessoais e pagamentos de importação. Nigéria, Etiópia e Quênia lideram o uso, principalmente em transferências de baixo valor.
A instabilidade das moedas locais e os altos custos dos métodos tradicionais tornam o uso de stablecoins uma escolha prática — e, para empresas, pode representar uma vantagem competitiva no fluxo de caixa.
🧠 Estratégia global com foco regional
A expansão faz parte de um plano mais ambicioso da Visa, que também lançou a Visa Tokenized Asset Platform (VTAP) no ano passado. A plataforma foi criada para facilitar a movimentação de ativos digitais, como stablecoins e depósitos tokenizados, dentro do ecossistema Visa.
Godfrey Sullivan, VP da companhia na região CEMEA, resumiu o movimento: “Toda instituição que move dinheiro precisa pensar em como vai usar stablecoins nos próximos anos”.
A empresa também investe em startups como a BVNK, especializada em pagamentos corporativos com criptoativos, reforçando seu interesse no segmento B2B.
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