Tyler e Cameron Winklevoss doaram 188,45 BTC (avaliados em US$ 21 milhões) ao Digital Freedom Fund, comitê que apoia diretamente a política pró-cripto do governo Trump.
A iniciativa pretende transformar os Estados Unidos na principal potência mundial em criptomoedas, apoiando legislações específicas e candidatos alinhados ao presidente estadunidense.
O fundo usará os recursos para financiar campanhas de deputados e senadores que apoiem as ideias cripto de Trump, mirando as eleições de meio de mandato, marcadas para 3 de novembro de 2026.
A avaliação é de que, sem maioria no Congresso, o avanço das pautas da indústria blockchain pode travar. Tyler cita em seu perfil na rede social X que os opositores “usarão qualquer truque possível” para barrar os projetos da atual administração.
📜 Um plano de lei com cinco pilares
O comitê defende a aprovação de um projeto de lei enxuto e direto, batizado de “Skinny Market Structure Bill”. O objetivo é simplificar regras, limitar a interferência do governo e proteger direitos básicos do mercado cripto. Os pontos defendidos são:
- Direito à autocustódia e transações p2p
- Proteção legal para desenvolvedores e publicadores de software
- Proibição total de moedas digitais de banco central (CBDCs)
- Acesso bancário justo para qualquer pessoa ou negócio
- Open Banking como direito fundamental
Também há foco na obrigatoriedade de que os órgãos reguladores criem regras específicas para criptomoedas com base na tecnologia usada, e não na forma tradicional de regulação.
⚙️ “Project Crypto” e liderança regulatória
Segundo Tyler, o discurso do presidente da SEC, Paul Atkins, sobre o Project Crypto, e a iniciativa da CFTC chamada Crypto Sprint, formam o início de uma política coordenada para dar protagonismo ao bitcoin (BTC) e demais criptomoedas.
A promessa é criar um ambiente seguro para inovação, com regras claras e fim de barreiras como “licenças impossíveis” ou custos elevados que favorecem grandes empresas.
🚫 Contra a captura regulatória
O fundo critica tentativas de transformar a regulação em ferramenta para excluir pequenos participantes e startups.
Um exemplo citado compara o custo de abrir uma empresa nos EUA (US$ 150 e alguns minutos) com o processo no Haiti (US$ 23 mil e 25 semanas). A analogia é usada para ilustrar como certas legislações podem matar a inovação antes mesmo dela começar.
Os irmãos Winklevoss querem garantir que qualquer pessoa com uma boa ideia possa competir em pé de igualdade, “inclusive quem começa em um quarto ou garagem”.
Além dos pontos listados, o Digital Freedom Fund promete atuar na isenção fiscal para transações pequenas com criptos, reforçando que não aceitará práticas contraditórias entre falas públicas e posições privadas.
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